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quarta-feira, 27 de julho de 2011

Corrupção custa caro ao país e precisa ser punida com rigor, diz Moreira Franco

Moreira

Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro Moreira Franco defende que a apuração de casos de corrupção no governo seja feita com rigor pela Corregedoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal (PF), independentemente de questões partidárias.Moreira, que é do Diretório Nacional do PMDB há mais de 20 anos, salienta que a legenda não age com protecionismo em relação à chamada faxina – postura adotada pelo governo para eliminar qualquer foco de desvio de conduta de seus agentes.
– Não estamos nos protegendo e não temos o menor receio de que as apurações devam ser feitas com rigor pela Polícia Federal e pela CGU. Apurado qualquer ilícito e qualquer desvio de conduta, (ele) tem que ser rigorosamente punido, seja companheiro do partido ou não – afirmou.
Para Moreira Franco, a corrupção “deprime” o país que precisa ter “uma prática republicana”. Segundo ele, os peemedebistas são convictos de que a corrupção tem um custo financeiro e político muito alto.
– É um grande empecilho ao crescimento. Inibe ações de investimento, o empreendedorismo, a inovação, a iniciativa pessoal, porque você fica a mercê de propinas, de desvios para obter facilidades – destacou, em conversa com jornalistas.
Perguntado se estava correta a imagem de que o PMDB tinha mais intimidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém, mais espaço no governo Dilma, o secretário negou.
– Com o presidente Lula não só tinha mais intimidade, como também nessa questão de espaço o partido tinha mais. O que difere hoje é que nós temos o vice-presidente da República (Michel Temer), então o grau de responsabilidade do partido é muito superior ao que tinha – salientou.
O ministro fez questão de frisar que o PMDB tem interesse no sucesso do governo.
– Isso muda uma linha de comportamento que tinha sido sempre praticada pelo PMDB. O partido participava do governo em negociações no Congresso, no Salão Verde (da Câmara dos Deputados), e não como agora. Construímos essa relação na rua, participando do processo eleitoral – concluiu.
Exoneração
Em linha com a defesa de Moreira Franco, por um Estado mais atento aos desvios de conduta de seus servidores, a edição desta quarta-feira do Diário Oficial da União traz a exoneração de Luiz Antonio Pagot do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), órgão do Ministério dos Transportes. Também foi publicada a exoneração de Hideraldo Luiz Caron do cargo de diretor de Infraestrutura Rodoviária do Dnit.
Pagot pediu demissão na última segunda-feira, após uma série de denúncias quanto à sua atuação no ministério. Em carta ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, Pagot pediu também o cancelamento de suas férias, que iriam até 4 de agosto. Já Hideraldo Luiz Caron pediu exoneração em 22 de julho do cargo que ocupava desde 2004. Eles são acusados de participação em um esquema de corrupção e superfaturamento de obras nos Transportes.
O Diário Oficial publica ainda a exoneração do diretor da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Oscar Jucá Neto. Ele é irmão do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).

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