
O governo transferiu para o início da semana que vem a apresentação da proposta de reajuste aos cabos e soldados da Brigada Militar, que seria feita nesta sexta-feira.
O comando da BM e os secretários da Casa Civil, da Segurança, da Fazenda e da Administração deverão ter sucessivos encontros hoje para melhorar a proposta.
O objetivo do governo, segundo a Casa Civil, é reforçar o salário dos soldados para aproximar os vencimentos da menor patente da BM ao de inspetores e escrivães de 1ª classe da Polícia Civil. A diferença é de cerca de R$ 1 mil.
Uma das possibilidades seria garantir que, até 2014, o salário dos soldados saltasse dos R$ 1.170 atuais para aproximadamente R$ 2 mil. O chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ressalta, no entanto, a dificuldade de fixar valores até 2014 devido a incertezas com o comportamento da economia diante da crise mundial.
Os praças da BM reivindicam 25% de reajuste linear e a injeção de R$ 400 milhões anuais até 2014 na matriz salarial – lei que escalona reajustes na Segurança Pública. Se o governo atendesse à reivindicação completa, o salário de um soldado em 2014 chegaria a R$ 3,2 mil.
O governo afirma que ainda não encontrou a melhor oferta aos PMs e por isso adiou a reunião. Fontes do Executivo observam que o Palácio Piratini quer ter o cuidado de partir de uma proposta que não incite a revolta dos praças, injetando ânimo nas manifestações das últimas semanas.
Apesar dos novos protestos, a avaliação do governo é de que o movimento perdeu força com a identificação dos responsáveis.
Recentes protestos no RS:
Entre a noite de quarta e a madrugada desta quinta-feira, foram registradas manifestações na BR-386, em Triunfo, e na ERS-240, em Portão. Nos locais foram deixadas faixas referentes ao pedido de reajuste para PMs. Já em Novo Hamburgo, um boneco com farda da Brigada Militar foi pendurado no viaduto da BR-116 com a Avenida Sete de Setembro.
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