
Com o objetivo de obter esclarecimentos sobre o andamento das investigações sobre os assassinatos de agentes de segurança pública, que vêm ocorrendo no Estado, a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais realizou hoje, (20/10) audiência pública requerida pelo Deputado Sargento Rodrigues (PDT).
Durante audiência desta manhã, o Deputado afirmou aos presentes que o homicídio é a ruptura social que mais incomoda à sociedade, e isso se agrava quando se trata daqueles que são designados para defendê-la. Ponderou também que eles são cidadãos, possuem família, vida pessoal e que merecem o devido respeito.
Segundo o parlamentar, nos últimos 9 anos foram registradas 150 mortes, sendo nos últimos dois meses, três agentes penitenciários. "Nós queremos respostas. Não podemos deixar nossos colegas morrerem e ver o Estado não fazer nada", ressalta Rodrigues. Desde 2003, o parlamentar acompanha de perto em todo o Estado a situação de barbárie contra os agentes de segurança.
O delegado-chefe da Divisão de Crimes Contra a Vida, Wagner Pinto Souza, apresentou uma lista contendo a resolução de alguns crimes, entretanto, o Deputado considera o número de casos concluídos pequeno em relação a quantidade de mortos nos últimos anos. “Tenho medo de que isso se torne banal”, lamenta.
O Deputado Sargento Rodrigues disponibilizou aos presentes (líderes dos sindicatos classistas, esposas, mães e aos componentes da Comissão de Direitos Humanos), a relação com o nome dos mortos desde 2003, para averiguação. “Juntos podemos cobrar do Governo de Minas ações concretas para resolução dessas mortes. Afinal, quais as ações, providências que foram tomadas para amparar as famílias desses 150 agentes de segurança mortos?”, questiona.
Ao final da audiência o Deputado expôs dois requerimentos. O primeiro, estabelece que haja auxilio de proteção e amparo aos servidores da área de segurança pública, e o segundo requer que seja encaminhado um ofício ao Chefe da Policia Civil e ao Comandante Geral da Policia Militar, solicitando informações sobre o andamento das investigações sobre as mortes e ameaças dos servidores da área de segurança pública. Requer ainda que as informações sobre a autoria dos procedimentos investigatórios e as medidas adotadas sejam encaminhadas à Comissão de Direitos Humanos relacionando a quantidade de inquéritos concluídos e discriminando quantos apontam a autoria dos crimes.
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