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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Assembleia de Minas rejeita CPI para investigar policiais

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais rejeitou nesta semana a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar suposto envolvimento de policiais com empresários ligados ao jogo do bicho e caça-níqueis na região de Juiz de Fora (276 km de Belo Horizonte).
Pedido de CPI com 40 assinaturas foi protocolado pelo deputado Sargento Rodrigues (PDT) na semana passada, mas grupos governistas entraram em ação e provocaram a retirada do requerimento de ao menos 15 assinaturas.
Com menos de 26 assinaturas, o mínimo necessário, o pedido de CPI foi arquivado. O Legislativo mineiro tem 77 deputados.
Rodrigues fundamentou o pedido nos depoimentos de policiais, que falaram sob sigilo e na condição de testemunhas, na Comissão de Direitos Humanos da Casa. Foram duas audiências, sendo a última na segunda-feira (23).
A comissão levanta informações sobre a “atuação de uma máfia de caça-níqueis e jogos do bicho em Juiz de Fora”.
“Ouvimos novos depoimentos e recebemos provas contra a referida máfia acusada, dentre outras coisas, de pagar semanalmente propina a policiais”, disse Rodrigues.
Falaram à comissão dois oficiais, um sargento e dois cabos da Polícia Militar. Além deles, um investigador da Polícia Civil e um ex-sócio  de um empresário do jogo também prestaram depoimentos.
O líder do governo, deputado Bonifácio Mourão (PSDB), disse à Folha que a CPI nesse momento não é necessária porque a Corregedoria da Polícia Civil e o Ministério Público já investigam essas denúncias.
Segundo ele, o governo Antonio Anastasia (PSDB) tem interesse em “preservar o melhor clima” entre as polícias, mas que não é por isso que os governistas rejeitaram a CPI. “Se mais adiante for necessário [aprovar a CPI], vamos assinar”, disse Mourão.

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